sábado, 18 de setembro de 2010

Dopada

Viste tu? to completamente perdida, sem saída, tomando três, quatro calmantes por dia, as vezes acho que por hora, preciso aliviar esta tensão em meu corpo insano, te pesso que compreenda esta dor não é minha...mas to sentindo ela tão pungente, latente, saltando. Vai passar eu sei, mas com remédio fica mais colorido, sinto ele me descendo pela garganta, quando chega no estômago e o suco gástrico dissolve, sinto se repartindo pelo meu corpo agindo em lugares que nem eu sentia dor. Na hora meus olhos baixam, ficam entre abertos, leve fico, flutuo por aí, borboleteio em meio a sensações boas, sem dor, anestesiada, curada de todo mau, que há em meu corpo, ele se torna são novamente...1-2-3 horas maravilhosas, lá vem! a dor novamente...cadê os meus remédios azuis e rosa? pega pra mim, sabe que tem outra coisa que me conforta é te ter aqui para achar minhas pílulas mágicas, sem ti não poderia, já estou com minha visão conturbada, meus olhos abrem e fecham na medida certa para que veja meus dedos levando minhas lindas cápsulas a  boca, já chego a ficar sedenta por estas pequenas belezuras, me tratam tão bem, assim como tu, que me trás alento em dias de frio e vento forte, gosto quando você vem me trazer meus remédios. Tenho a impressão que és minha morte, e ela vem tão doce através de ti.
 

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