sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Sintonia

Ao que mesmo está ligado a sintonia entre duas pessoas?

é um saco mesmo, dormir com o celular na mão, e passando-se duas horas você acorda e é exatamente quando a outra pessoa está entrando pela porta que saíra a mais ou menos 6 horas antes...
Ligação, intuição, acaso, é mera coincidência... só pode ser.
E as coisas descansam em sua sincronia, no estado em que se encontram é melhor o sossego por fora e a revolta só cá dentro.
Porque o acaso pode estar acontecendo neste exato momento.

Por Janice (tornozelos molhados) 

sábado, 15 de dezembro de 2012

Um broto...

Começa assim...
                                      O brotinho
 Passa um brotinho. Vai andando e vai crescendo, é toda esganiçada:
a voz, os gestos, as pernas...Antílope! vejo antílopes quando ela passa!
Pois deixa, passando um friso de antílopes, de bambus ao vento, de luas andantes, mutáveis, crescentes...
Mario Quintana


Esta citação se encaixa exatamente de quem quero falar, este alguém sabe de quem quero falar...
é um brotinho de garoto.
Ora meio confuso, ora meio decidido
ora apaixonado, ora solitário
ora gato, ora bonito
aos meus olhos inteligente, sensível
aos do outro nem tanto...
São todas impressões deixadas quando o antílope dentro dele passa por aí, com um desfilar meio desengonçado, meio embaraçado, meche no cabelo e disfarça e se infiltra.
Um garoto ainda com alma de garoto, cara de garoto, corpo de garoto...
Um verdadeiro broto!


Para um querido amigo, por Janice ( tornozelos de fora)

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Nunca mais li, nem entendi
Não penso de maneira organizada
...pássaros soltos
A compreensão do meu ser...sumiu
procuro uma maneira fria,para que possa mergulhar em uma meditação...exata.
Os fatos estão tortos, tudo gira depressa demais.
 corro...corro
e lá se vão novamente meus pensamentos, perdidos pelas tristes conversas da rotina.

Por Janice "tornozelos de fora"

sábado, 27 de outubro de 2012

E é assim que os carinhos se dão...

Eu tenho uma história legal de como cheguei até Jack London, ou de como ele chegou até mim, através de um desconhecido...que hoje ainda é desconhecido, mas é uma de minhas paixões, meu querido e melhor amigo André Dias, um dia me cai nas mãos um livro do London The Call of the Wild  ("O Chamado da Floresta"), fiquei tarada na forma de literatura do cara, entãooooo.... comecei a fuçar daqui e dali, e entrei em uma comunidade do Jack " para os íntimos", hahahahahah, e quem era o administrador dessa tal comunidade, a propósito muito pobre de informações, hahahaha, era meu querido André, eu acho que era ele ou ele fazia parte minha cabeça já não diz coisa com coisa...
AAAAAAAAAA este garotão que me arranca suspiros, é...
não sei se é de entender oquê nós construímos ao longo desses 4 anos, mas dane-se quem não tem os mesmos olhos, nós somos assim almas feitas sob medida, nossas bocas falam por si só, não temos pudor, nossa amizade é nua e crua.
- André, me indica um livro que eu possa me distrair com ele, que seja leve e talz....( não tenho certeza se foi essa a fala...hahahah)
- O Andarilho das estrelas Janice.
Cá estou planejando a compra deste.
Com muito carinho dedico sempre minhas palavras mais bonitas a ti André dias.

Por Janice Rubim

O Andarilho das Estrelas!

" Cinco desses anos, eu os passei na escuridão, confinamento solitário, é como eles chamam. Os homens que o sofreram chamam-no de morte em vida. Mas, nesses cinco anos de morte em vida, eu consegui alcançar uma liberdade que poucos homens já conheceram. Mesmo sendo o mais confinado dos prisioneiros, eu não apenas percorri o mundo, eu também percorri o tempo. Os homens que me emparedaram por tantos anos me deram, contra sua vontade, a largueza dos séculos."
JACK LONDON

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Ela...

Eu nunca quis alguém, mas com ela é diferente...
ela veio assim, como o cair da chuva, como um pássaro cantante nos meus olhos,
ela é a minha vontade de ter alguém, ela é o alguém.
Eu nunca tive ninguém, mas com ela é diferente...
ela me tem, e é lindo ter ela
ela chegou assim...numa primavera, querendo borboletiar.
E agora, já se passaram duas primaveras...
e meus olhos seguem os dela.
E eu que não queria ninguém...
quis ela.

Janice Rubim

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Mário...

Das falsas posições

Com a pele de leão vestiu-se o burro um dia.
Porém no seu encalço, a cada instante e hora,
"Olá o burro! Fiau! fiau!"
gritava a bicharia...
Tinha o parvo esquecido as orelhas de fora!

?

Perguntas pra quê...
se a resposta é surda

um interesse...desinteressado
( te dou bola, mas não papo.)


Janice Rubim

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Ando meio farta...
dessa falta de brilho
essa ausência de recheio
esse clima morno, esse blá...blá...blá.

E eu te pergunto, pra quê?
Onde é que a alma chega sem essência...?

Calem-se e olhem dentro.

Janice Rubim

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

... escolhi o primeiro nome pensando nas sencibilidades estomacais...
( Lições de Feitiçaria- Rubem Alves )
Notei uma ausência de conteúdo...
ando notando um aflorar de cores, despertar de interior.
Vendo pude ver que sentia, mais do que dizia.
Faz sentido digerir o interior ao invés do ponto de vista deste ou daquele...
O digerir sencibliza o tato.


Janice Rubim

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Palavras soltas...

...à partir dessa loucura, ele se põe a fazer amor com as invenções da imaginação...  


...dentro de suas águas nosso nome dorme, esquecido...

...Pela palavra introduzo meu sêmen em outro...

...O ouvido é feminino. O ouvido é um vazio, concha, um convite a palavra que lhe trará prazer e vida...


...Mundo estranho, este- envolvido por ausências...


...beleza é o nome daquilo que perdemos...


 ( Lições de Feitiçaria- Rubem Alves)

Esperemos

HÁ OUTROS DIAS que não tem chegado ainda,
 que estão fazendo-se 
como o pão ou as cadeiras ou o produto
 das farmácias ou das oficinas
- há fábricas de dias que virão-
existem artesãos da alma
 que levantam e pesam e preparam
 certos dias amargos ou preciosos
 que de repente chegam à porta
 para premiar-nos com uma laranja ou assassinar-nos de imediato.



Pablo Neruda( uma grande inspiração)

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Então... é lindo!!!

E os ventos?

E eles estão vindo...
 em forma de vendaval,
e os ventos estão de leve tocando nossa pele
estamos quase sem sentir
eles irão chegar para varrer nossa alma
nos abriremos em flor
um canto de pássaro será nosso som
e os olhos? coloridos estão!

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O gato preto!

...Mas amanhã morrerei e quero hoje aliviar minha alma...

O gato preto ( Edgar Allan Poe)
Estamos todos dizendo a verdade e contestamos tempo todo pela mentira alheia...
impossível dizer verdades tempo todo, nos confortamos com "mentiras cotidianas", não agridem, não ferem...?
Os fatos estão escondidos...logo mentira é.
Falamos a verdade maquiada pela mentira, a mentira retarda a verdade e é planejada de tal forma que uma estratégia mirabolante vai tomando conta de nossos pensamentos, e logo nos consumimos pela mentira, não podendo mais voltar com a verdade, até que ela mesma queira se mostrar.
A verdade não é doída é a maneira com que contamos que a torna mentira.

Janice Rubim ( dos meus piores textos retomo meu lugar neste blog)

quarta-feira, 4 de julho de 2012

PARA ANDRÉ



  PARA HELENA



        Vi-te uma vez, só uma, há vários anos, 
        já não sei dizer QUANTOS, mas NÃO MUITOS.
        Era em junho; passava a meia-noite
        e a lua, em ascensão, como tua alma,
        nos céus abria um rápido caminho.
        O luar caía, um véu de seda e prata,
        calma, tépida, embaladoramente,
        em cheio, sobre as faces de mil rosas,
        que floreciam num jardim de fadas,
        onde até o vento andava de mansinho.
        Caía o luar nas faces dessas rosas,
        que morriam, sorrindo, no jardim
        pela tua presença enfeitiçado.


        Toda de branco, vi-te reclinada
        sobre violetas; e o luar caía
        sobre as faces das rosas, sobre a tua,
        voltada para os céus, ai! de tristeza!


        Não foi o Destino, nessa meia-noite,
        não foi o Destino (que é também Tristeza)
        que me levou a esse jardim, detendo-me
        com o incenso das rosas que dormiam?
        Nenhum rumor. O mundo silenciava.
        Só tu e eu (meu Deus! Como palpita
        o coração, juntando estas palavras!) ...
        Só tu e eu... Parei... Olhei...
        E logo todas as coisas se desvaneceram.
        (Lembra-te: era um jardim enfeitiçado.)


        Fugiu a luz de pérola da lua.
        Os canteiros, os meandros sinuosos,
        flores felizes, árvores aflitas,
        tudo se foi; o próprio odor das rosas
        morreu nos braços do ar que as adorava.


        Tudo expirara... Tu ficaste... Menos
        que tu: a luz divina nos teus olhos,
        a alma nos olhos para os céus voltados.
        Só isso eu vi durante horas inteiras,
        até que a lua fosse declinando.
        Ah! que histórias de amor se não gravavam
        nas celestes esferas cristalinas!
        que mágoas! Que sublimes esperanças!
        que mar de orgulho, calmo e silencioso!
        e que insondável aptidão de amar!


        Mas, afinal, Diana se sepulta
        num túmulo de nuvens tormentosas.
        Tu, como um elfo, entre árvores funéreas,
        deslizas, Só TEUS OLHOS PERMANECEM.
        NÃO QUISERAM fugir e não fugiram
        Iluminando a estrada solitária 
        de meu regresso, não me abandonaram
        como fizeram minhas esperanças.


        E ainda hoje me seguem, dia a dia.
        São meus servos – mas eu sou seu escravo.
        Seu dever é luzir em meu caminho; 
        meu dever é SALVAR-ME por seu brilho,
        purificar-me em sua flama elétrica,
        santificar-me no seu fogo elíseo.
        Dão-me à alma Beleza (que é Esperança).
        Astros do céu, ante eles me prosterno
        nas noites de vigília silenciosa;
        e ainda os fito em pleno meio-dia,
        duas Estrelas-d'Alva, cintilantes,
        que sol algum jamais extinguirá.



                                   (Edgar Allan Poe)

sexta-feira, 16 de março de 2012

Em dias assim...

Me distrai dias assim...
com minha boca tendo voz só dentro de mim,
conversar com estranhos me distrai assim...
não falar, não ouvir, nada de perguntas
Me distrai dias assim...
pegar um rumo desconhecido que se pareça com nada visto
nada ouvido, num lugar qualquer
Em dias assim...terminarei este, não pensando.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Blá...blá...blá

Não gosto de dar explicações sobre silêncios, por não querer, por querer, por fazer, por não se mexer... gosto mesmo é dessas calmarias que vem de dentro pra dentro, gosto de me esconder lá, é escuro, é aconchegante, é leve e por final é simples, ali onde não se fala, nem se quer se pensa certo,são todas letras soltas que nem valem à pena tentar juntá-las, que se percam no espaço do vazio de meu esconderijo.
Quando quiser se quiser...tentarei sair do de dentro pra fora, mas isso é se falar...se pensar, como andam escassos pros lados de fora coisas que valham pensar, juntar, falar, ouvir, digerir, ficamos por aqui onde há calmaria.