sexta-feira, 16 de julho de 2010

"Não queriam continuar numa sociedade morna, desprovida de vida, de ação e liberdade de pensar e viver."

Assim começa,um breve comentário sobre a geração beatniks...escolhiam a marginalidade, essa geração que com essas atitudes marcou época, revolucionou o modo do ser pensante,um marco cultural na literatura essencialmente. Os três amigos e escritores Jack Kerouac, Allen Ginsberg e William Burroughsos 3 representam muito bem o pontapé inicial da geração beat. Kerouac em 47 saiu a viajar sem lenço nem documento por aí, se encontrando e se amigando com vagabundos, caroneiros, bebendo, se drogando muito, e contando todas essas fascinantes experiências em seus livros. Allen um poeta via nessse errante uma fonte inspiração. Com poucos se expressando, tudo mudou depois de lermos estes caras, a forma como pensamos livres, como podemos pensar livres se deve a estes que escreveram como viveram.


Casualmente, uma gostosíssima garota do Colorado bateu aquele shake pra mim; ela era toda sorrisos também; eu me senti gratificado, aquilo me refez dos excessos da noite passada. Disse a mim mesmo: Uau! Denver deve ser ótima. Retornei à estrada calorenta e zarpei num carro novo em folha, dirigido por um jovem executivo de Denver, um cara de uns trinta e cinco anos. Ele ia a cento e vinte por hora. Eu formigava inteiro; contava os minutos e subtraía os quilômetros. Bem em frente, por trás dos trigais esvoaçantes, que reluziam sob as neves distantes do Estes, eu finalmente veria Denver. Imaginei-me num bar qualquer da cidade, naquela noite, com a turma inteira; aos olhos deles, eu pareceria misterioso e maltrapilho, como um profeta que cruzasse a terra inteira para trazer a palavra enigmática, e a única palavra que eu teria a dizer era: “Uau!”…  (trecho do " on the road" Jack kerouac);

"Na natureza  selvagem" é um filme  belíssimo que fala sobre uma vida errante sem grana, sem documento, no extremo do perigo, um filme de Sean penn, com uma fotografia linda de chorar, baseado num livro Jon Krakauer.

Jack London vem nos próximos textos sobre escitores de aventuras reais...boas, bons...

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