quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Cito sempre que cabível for...

ISTO

Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!


FERNANDO PESSOA

Desilusão!

Volto a escrever mesmo sem ter letras pra este texto, mas é que precisa sair de mim ainda estas poucas que ainda restam porque estão sobrando e coisa velha de nada adianta, sabe andei olhando uns sorrisos e me perguntando será que é tudo invenção? esses sorrisos, esses sentimentos, será tudo um comercial? aii medo, isso tá me apavorando essa descrença, acho que não há o sentimento que eu julgava ter...ver, acho que é uma busca infeliz pela felicidade anunciada, você quer que vejam sua felicidade mas você não está sentindo nem vivendo ela. Essas imagens de felicidade me lembraram algun sorrisos tão amarelos que julgo todos eles serem assim, um acordo de boa convivência  para que saibam da nossa felicidade, nem tem nada a ver com realmente estar sentindo essa porra que julgo agora neste exato momento ser uma invenção desta bosta que é o ser humano, tenho medo de magoar alguém mas tenho mais medo de me magoar por pensar nisso, será possível? aqueles grandes olhos, serem mentirosos? possível sempre é, mas não sei se declaradamente é o fim, tem tanta gente que vive na ilusão a vida toda e nem aí.
Não eu não serei mais um deles eu quero ser de verdade, não quero mostrar, não vou mais mostrar, vou sentir só oq realmente sentir, quente ou frio tanto faz, morno jamais, não quero migalhas seja inteiro e nada de metade, exijo muito porque quero dar tudo, pouco não, não quero ser um comercial de margarina( família feliz, sorridente) quero ser de choro e de sorriso quando estes quizerem aparecer em minha face, do contrário contente-se com isto que tem, se não quizer joga no lixo certamente algum dia alguma alma verdadeiramente chorosa irá me juntar e assim poderemos sorrir juntas.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Despedida aos versos

Minha alma se despede de mim hoje, vai sair em torno de algum canto a procuro de inspiração mando com ela minhas forças para que recarregue e volte a mim com pássaros selvagens novos, vou cuidá-los e em seguida soltar em forma de belos versos para que não cansem de minha chatíssima presença, eles virão até mim acompanhados de minh'alma para que eu viva novamente dentro de pensamentos. As minhas forças esgotaram-se foram sugadas, minhas letras existem essas poucas que consigo me repetir e repetir, torço para que um novo vento sopre, quero ver novas belezas, descobrir mais daquele corpo pálido, enquanto me encantas ver o nú o cru, só me faltam armas para ver este mais, ir muito longe sem armas não consigo ainda mais sem alma, por consequência sem minhas forças longe tanto para desistir, desisto na partida já.
Que minh'alma regresse tão tão depressa que eu nem morra.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Aquele tipo de aconchego que vem de dentro são pernas te abraçando e te dizendo vai ficar tudo bem, cadê isto agora? o vulnerável chegou aqui, enquanto o amor chegou aí...eu não estava lá mais eu vi... um nó dentro da garganta, mas não sai, não des'agua não dá. É uma inexplicável carência, cólo por favor, alguém? Ninguém é capaz de acalentar este coração neste estado, só é capaz de dar cólo e resta o silêncio, cada movimento é possível que elas rolem pela face num soluçar...mas é que não tem ninguém, não tem este lugar, e isso faz com que elas fiquem em forma de nó.
Ó lágrimas minhas rolem é lindo sentir teu sabor, a cabeça pára neste momento.

Vazia mente

Quando você acorda louco e vazio, simplismente tudo sumiu nada faz sentido e você não pensa...vazio bom pra preencher com o "nada", não fale, nem coma...não acorde, muito menos durma...não pisque, nem boceje...não ame, nem pense em ser amado...mantenha-se imóvel, não sinta.
Sinta a música entrar não deixe sair...absorva, abstraia.
Descabele ande deite sonhe...sem pensar.
Veja lá fora, não saia, veja o sol que entra, não toque, pisque pra noite cair então veja não vá.
E as bocas começam blá...blá...blá...caladas!!! neste dia é o dia do silêncio o dia do "nada" pare cabeça, pensamentos soltos saem ficam nem acontecem são uma desorganização fazendo com que o vazio se faça em perfeição em seu dia, pra quê? estas palavras que nada dizem muito mais atraente o silêncio que nada diz.
Lembre-se neste dia do "nada" saiba onde colocar suas mãos.

Cito!

"E percebo que não importa onde eu esteja, seja em um quartinho repleto de idéias ou nesse universo infinito de estrelas e montanhas, tudo está na minha mente. Não há necessidade de solidão. Por isso, ame a vida como ela é e não forme idéias preconcebidas de espécie alguma em sua mente".
Jack Kerouac

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

E os amigos não morrem, se mantém vivos através de nossa lembrança!!!

E a saudade é encantadoramente cruel!!!

Cheiro Lembra...

O sabonete cheirava a Porto Alegre em 1992, em alguns meses também cheirava a Tramandaí!
O couro cheirava aquela mulher cruzando no corredor de um ônibus Bagé/ Alegrete!
Lavanda cheirava aquela sala limpa de uma casa que não vi mais!
Tinha um perfume que anda por aí até hoje e o imprecionante é que meu olfato sabe de onde, mas não sabe quem é!
E ainda tem um cheiro no ar, de vezes passa por mim e corro com meu nariz a persegui-lo mas não alcanço!
As folhas daquele livro presenteado cheiram a velhas letras impressas em velhas folhas amarelas!
Aquelas gotas de chuva em caminhada no Cassino cheiram a ela que me faz falta hoje!
E a cerveja também cheira, cheira a porres, a banhos, a amores!
Aquela fumaça lembra o cheiro do cigarro naquela sala com almofadas no chão!
E o aroma quente, este aí lembra a comida da mãe!
Ahhh isso são só recordações!!!! e os aromas sempre voltam.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Paulo por mim assim citado!!!


 nem fale em amor/que amor é isto          ( Paulo Leminski)

       você está tão longe
que às vezes penso
       que nem existo

       nem fale em amor
que amor é isto 






[o luar de janeiro é primeiro de abril] (Paulo Leminski)

      vez como aquela
só mesmo a primeira
      mal cheguei a chorar
uma lágrima inteira

      largue uma lágrima
o primeiro que viu
      o luar de janeiro
é primeiro de abril 





O par que me parece (Paulo Leminski)

   Pesa dentro de mim
o idioma que não fiz,
   aquela língua sem fim
feita de ais e de aquis.
   Era uma língua bonita,
música, mais que palavra,
   alguma coisa de hitita,
praia do mar de Java.
   Um idioma perfeito,
quase não tinha objeto.
   Pronomes do caso reto,
nunca acabavam sujeitos.
   Tudo era seu múltiplo,
verbo, triplo, prolixo.
   Gritos eram os únicos.
O resto, ia pro lixo.
   Dois leões em cada pardo,
dois saltos em cada pulo,
   eu que só via a metade,
silêncio, está tudo duplo.


Os prazeres de Amelie Poulan

Solução para morte

Andei falando com o astros e com muita surpresa descobri que tenho que dizer NÃO, e com tudo a solução é esta diga não e escolha o que não quer, simplismente . Me tira  com isso um tumor malígno que habitava a muito em minhas entranhas. Divagamos por horas e horas e o vento lavava as nossas almas, e nos banhamos em bem estar eu na frente daquilo que queria e entre trocas de olhares as palavras saiam e soltas voavam ao redor daquele clima de pureza, o vento literalmente varria tudo, e as bocas loucamente se moviam.
Toda vez que uma nova história era iniciada um pedaço das duas almas se trocavam saiam se cruzando e experimentando uma a vida da outra como se pudessem...se entrelaçaram pra sempre com suas bocas loucas a se mecher...blá...blá...blá...e riam e se emocionavam e riam mais um pouco, uma conversa de portas abertas pra ventania, descabeladas lindamente , seduzidas pelo prazer das palavras.
E a vida mudou, porque o astros me disseram seja bem, e escolha o que não quer e seus passos nós cuidamos daqui, e se você olhar pra trás verás que tem pegadas em cima das suas.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Que o amor entre amigos seja assim!!!

Gosto de sentir as boas emoção que você provoca em mim, faço logo uma observação, pois da tua parte vem apenas os mais agradáveis sentimentos as mais lindas palavras e que belas palavras vem de ti, A tua presença é simplesmente encantadora, me faz adormecer para belos sonhos onde desejo muito que você esteja nele, como também me desperta para realidades incríveis ao seu lado, tempo e espaço antagônicos, mas que apenas você sabe administra-lo bem.

Vou me indo minha amada, estou meio cansado e percebo que os erros vão aumentando a cada momento que escrevo...

Beijos no coração.

Do teu André Dias

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Aiii coisas belas para serem pulverizadas mundo a fora

"... Fernão, é que tu és um pássaro num milhão.
A maior parte de nós percorremos um longo caminho.
Fomos de um mundo para o outro que era quase igual ao primeiro,
sem nos preocuparmos com o destino,

vivendo o momento.
Fazes alguma ideia de quantas vidas teremos de viver antes de compreendermos
que há coisas mais importantes do que comer, lutar, ou disputar o poder no Bando?
Mil vidas, Fernão, dez mil vidas!
E, depois, mais cem vidas até começarmos a aprender que a perfeição existe,
e outras cem para constatar que o nosso objectivo na vida
é conseguir a perfeição e pô-la em prática.
As mesmas regras se aplicam, agora a nós:
escolhemos o nosso mundo através do que aprendemos neste.
Se não aprendermos nada,
então o próximo mundo será igual a este,
Com as mesmas limitações e obstáculos a vencer."
...
"O que fizeste foi modificar abruptamente
o teu nível de consciência, que, a propósito,
até é bem mais evoluído que o que deixaste.
Podes permancer aqui e aprender neste nível,
ou voltar..."
Trecho do livro "Fernão Capelo Gaivota" de Richard Bach.

Arnaldo é bom

LONGE ( Arnaldo Antunes)

Onde é que eu fui parar?
Aonde é esse aqui?
Não dá mais pra voltar
Por que eu fiquei tão longe?
Longe...
Onde é esse lugar?
Aonde está você?
Não pega celular
E a terra está tão longe
Longe...
Não passa um carro sequer
Todo comércio fechou
Não tem satélite algum transmitindo
notícias de onde eu estou
Nenhum email chegou
Nem o correio virá
E eu entre quatro paredes sem porta
ou janela pro tempo passar
Dizem que a vida é assim
Cinco sentidos em mim
Dentro de um corpo fechado
no vácuo de um quarto no espaço sem fim
Aonde está você?
Por que é que você foi?
Não quero te esquecer
Mas já fiquei tão longe
Longe...
Não dá mais pra voltar
E eu nem me despedi
Onde é que eu vim parar?
Por que eu fiquei tão longe?
Longe, longe, longe, longe
Longe, longe, longe
Seis, cinco, quatro, três, dois, um.

Pensando em dizer-te

Sabes que escrevo torto para que não entendam minhas letras soltas que formam palavras loucas, e tento ainda dizer-te algo. Tomo tetos com o céu, e minha visão pira ao ver-te... pareces luz que cega e ainda não consigo dizer-te algo. Então acho que te pareces com um cavalo selvagem a galopar, eu nem tento montar você porque quero tanto dizer-te algo que não posso me aproximar de tal coisa mais linda que é um cavalo a galopar solta leve linda amarela baia, com as crinas lisas douradas ao sol...me deparo com um campo verde imenso todo pasto para poder me deitar e ver-te passar fico horas...horas mirando daqui. Logo ali tem uma lagoa, onde imagino ver a água no teu pelo escorrer, e que relinchar mais belo, o cheiro forte de cavalo é pulverizado pelo campo todo fico paralizada diante tamanha sincronia de fatos que só me fazem tentar dizer-te algo.