sexta-feira, 15 de abril de 2011

Um brinde

Ando querendo me afastar de mim mesma, ando querendo ser imparcial comigo e com os outros, querendo ser de verdade, querendo não ter...nem sentir, um olhar bonito, um olhar de gente pura...como não vejo a anos.
Quando convivia com os cavalos, como o pasto, com gente simples o mato era mais bonito, o rosto era deveras mais sincero, o olho olhava dentro sem intenções outras que não fossem do bem...olho hoje com espanto de como as pessoas são de carne...osso...e um vazio infinito, não existe mais gostar sem nada em troca, um gostar de quem se gosta por bem...existe sim um gostar do que se vê, do que se apresenta bonito, do que fala bem, do que foi lá ou aqui...nada de ser humano...nada de eu gosto e ponto é só isso. Sabe é dificil tentar ser você, sem enfeites, afinal a vida só te oferece porpurina para que se maquie do seu interior mais bonito, gostaria de entrar e lá visualizar como é realmente esta alma que me parece tão apetitosa, creio que veria tanta porquice que todos os enfeites pendurados em seu corpo de nada serviriam para que pudesse te gostar. Isto tem sentido aos que sentem de verdade, aos que vêem com os olhos da alma, aos que valorizam boas palavras e não mentirosas conversas...
Pelo menos que faça sentido aos que tentam isso!

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