segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Tão...tão distante
Sabes que lá os olhos não alcansam, o coração lateja a dor latente da saudade e agora tenho vontade de chorar por não mais ver, não mais sentir, tocar...uma lembrança é melhor que estar perto? Não
Eu gosto mesmo é do tato a melhor coisa poder tocar, apertar, amassar, nada de ouvir e não ver, sentir e não beijar, falar e não ouvir, nada de frieza, máximo de beleza em ter perto em absorver almas queridas, sugar, trocar energia, deixar as almas loucas e soltas para se entrelaçarem entre as outras fazerem sexo com seus corpos despidos de não ver despidos de tá perto, em cima, isso que é bom. Olhar no olho, dizer na boca, ouvir baixinho, sentir dentro, isso é bem.
Bem mesmo é ter como saber se é recíproco este lote de sentimentos tocáveis, se toca e arrepia tá aí é bem.
Bom mesmo é tocar, arrepiar, espiar por um olho, beijar, arrepiar, sussurrar e ouvir de volta na boca...
bem bom mesmo é ter perto.
Eu gosto mesmo é do tato a melhor coisa poder tocar, apertar, amassar, nada de ouvir e não ver, sentir e não beijar, falar e não ouvir, nada de frieza, máximo de beleza em ter perto em absorver almas queridas, sugar, trocar energia, deixar as almas loucas e soltas para se entrelaçarem entre as outras fazerem sexo com seus corpos despidos de não ver despidos de tá perto, em cima, isso que é bom. Olhar no olho, dizer na boca, ouvir baixinho, sentir dentro, isso é bem.
Bem mesmo é ter como saber se é recíproco este lote de sentimentos tocáveis, se toca e arrepia tá aí é bem.
Bom mesmo é tocar, arrepiar, espiar por um olho, beijar, arrepiar, sussurrar e ouvir de volta na boca...
bem bom mesmo é ter perto.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Turbilhão
Tive uma vontade de vomitar eu mesma, asco, revolta...gritei ninguém ouviu, bati ninguém atendeu, ofendi quem não queria, envolvi quem não quiz, acho que sou má, sou má!
Tenho agora dentro de mim um turbilhão de pensamentos todos acontecendo ao mesmo tempo e já não sei oq mais pensar choro enquanto aqui escrevo, por raiva, por tristeza, por nojo, oq posso fazer agora...nada
Você poderia me dizer?
-Eu?
-é você,lembra do dia em que pedi que me trouxesse aquela borboleta cor-de-rosa lá de cima?
-Lembro-me , que te achei louca, completamente e encantadoramente louca, tais tudo bem agora?
- vou te dizer de uma vez só tudo que se passa e me diz se achas ainda que sou louca, loucos são eles que me confundem de maneira que tomo meus remédios e pego minhas borboletas sem parar dia todo, mas sabes que faço isso com a minha maior alegria isso que faço me afasta deles e isso é ouro. Sabes que viver aí do teu lado é uma loucura prefiro viver aqui com as borboletas elas me protegem de gente como você que julga, que mata, que rouba, que enlouquece tanta alma boa por aí, vítimas é oq são vocês e nós quem somos você me pergunte agora.
-Quem são vocês?
Somos os loucos desajustados como diria kerouac, somos o inverso do que vivem e por isso somos oq quizermos ser, e agora eu sou uma borboleta e não me importa oq pensas de mim nem de ninguém porque vocês não pensam vocês agem como porcos e é isso que vocês são e que me desculpem os pobres porquinhos.
Tenho agora dentro de mim um turbilhão de pensamentos todos acontecendo ao mesmo tempo e já não sei oq mais pensar choro enquanto aqui escrevo, por raiva, por tristeza, por nojo, oq posso fazer agora...nada
Você poderia me dizer?
-Eu?
-é você,lembra do dia em que pedi que me trouxesse aquela borboleta cor-de-rosa lá de cima?
-Lembro-me , que te achei louca, completamente e encantadoramente louca, tais tudo bem agora?
- vou te dizer de uma vez só tudo que se passa e me diz se achas ainda que sou louca, loucos são eles que me confundem de maneira que tomo meus remédios e pego minhas borboletas sem parar dia todo, mas sabes que faço isso com a minha maior alegria isso que faço me afasta deles e isso é ouro. Sabes que viver aí do teu lado é uma loucura prefiro viver aqui com as borboletas elas me protegem de gente como você que julga, que mata, que rouba, que enlouquece tanta alma boa por aí, vítimas é oq são vocês e nós quem somos você me pergunte agora.
-Quem são vocês?
Somos os loucos desajustados como diria kerouac, somos o inverso do que vivem e por isso somos oq quizermos ser, e agora eu sou uma borboleta e não me importa oq pensas de mim nem de ninguém porque vocês não pensam vocês agem como porcos e é isso que vocês são e que me desculpem os pobres porquinhos.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
O perdido
Então eu penso de como perco tempo com meus dilemas, dilemas estes tão simplórios, então... também penso que o tempo é gasto a medida que ele passa, nada importa se estou chorando ou gargalhando os minutos tem o mesmo efeito. Como falo muito "então" acredito que perco um segundo de usar outra palavra mais significativa e volto a pensar que tanto faz ao tempo o segundo passa da mesma forma se falo "então" ou " porta". E as reticências são um alongamento do tempo, mas só no espaço de pensamento, porque, pro tic...tac nada, ele continua a contar os milésimos.
Mas que coisa mais bonita que é uma ampulheta...o tempo medido por grãos de areia...quiça poder pegar nas mãos esses grãos do tempo e parar com ele. Impossível...então num borboletiar de tempo me sumo.
Mas que coisa mais bonita que é uma ampulheta...o tempo medido por grãos de areia...quiça poder pegar nas mãos esses grãos do tempo e parar com ele. Impossível...então num borboletiar de tempo me sumo.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Procura da Poesia ( Carlos Drummond de Andrade) que faz bem
Não faças versos sobre acontecimentos.
Não há criação nem morte perante a poesia.
Diante dela, a vida é um sol estático,
não aquece nem ilumina.
As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam.
Não faças poesia com o corpo,
esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica.
Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro
são indiferentes.
Nem me reveles teus sentimentos,
que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem.
O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.
Não cantes tua cidade, deixa-a em paz.
O canto não é o movimento das máquinas nem o segredo das casas.
Não é música ouvida de passagem, rumor do mar nas ruas junto à linha de espuma.
O canto não é a natureza
nem os homens em sociedade.
Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada significam.
A poesia (não tires poesia das coisas)
elide sujeito e objeto.
Não dramatizes, não invoques,
não indagues. Não percas tempo em mentir.
Não te aborreças.
Teu iate de marfim, teu sapato de diamante,
vossas mazurcas e abusões, vossos esqueletos de família
desaparecem na curva do tempo, é algo imprestável.
Não recomponhas
tua sepultada e merencória infância.
Não osciles entre o espelho e a
memória em dissipação.
Que se dissipou, não era poesia.
Que se partiu, cristal não era.
Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?
Repara:
ermas de melodia e conceito
elas se refugiaram na noite, as palavras.
Ainda úmidas e impregnadas de sono,
rolam num rio difícil e se transformam em desprezo.
Não há criação nem morte perante a poesia.
Diante dela, a vida é um sol estático,
não aquece nem ilumina.
As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam.
Não faças poesia com o corpo,
esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica.
Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro
são indiferentes.
Nem me reveles teus sentimentos,
que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem.
O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.
Não cantes tua cidade, deixa-a em paz.
O canto não é o movimento das máquinas nem o segredo das casas.
Não é música ouvida de passagem, rumor do mar nas ruas junto à linha de espuma.
O canto não é a natureza
nem os homens em sociedade.
Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada significam.
A poesia (não tires poesia das coisas)
elide sujeito e objeto.
Não dramatizes, não invoques,
não indagues. Não percas tempo em mentir.
Não te aborreças.
Teu iate de marfim, teu sapato de diamante,
vossas mazurcas e abusões, vossos esqueletos de família
desaparecem na curva do tempo, é algo imprestável.
Não recomponhas
tua sepultada e merencória infância.
Não osciles entre o espelho e a
memória em dissipação.
Que se dissipou, não era poesia.
Que se partiu, cristal não era.
Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?
Repara:
ermas de melodia e conceito
elas se refugiaram na noite, as palavras.
Ainda úmidas e impregnadas de sono,
rolam num rio difícil e se transformam em desprezo.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Inferno Interno
É o tal de conflito de sentimentos que se passa aqui dentro, o inferno das nossas vidas, ora sim ora não quem conseguirá agradar este ser com um inferno astral tão latente que escorre pelos poros enquanto saliva escorre pelos cantos da boca, completamente descontrolada, louca de tudo, confuso em ser ou não ser, uma alma perdida, sem corpo, abandonada. Chego a conclusão de que não são minhas calças curtas que deixam meus tornozelos de fora que me deixam louca, é o querer não querer, é a fome insaciável de novas emoções, é a vontade de devorar tudo ao mesmo tempo, e que meu corpo consiga assimilar tudo muito bem, absorver estes todos estes tudo isto tornar-se parte de mim. Alguém chega e diz que não dá, impossível fazê-lo, então este ser confuso fica cada vez mais descontrolado, sufocado, grita como louco pelas ruas para que ouçam e entendam, ameaça matar não a si porque seu corpo vale muito sua cabeça poderia ser jogada fora mas seu corpo vale, ameaça matar este que não ouve que não entende...gente burra, idiota, mesquinha...
E sai por aí já não grita mais, desabafou, sai lindo a desfilar seu corpo que vale e sua cabeça podre, num caminhar felino.
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Só querer
E tudo que eu não quero não está em mim, tudo que eu quero resta um resquício tão...tão pequeno que vem chegando o vazio. E agora sou um salão de festas abandonado, empoeirado, com teias que são minhas velhas marcas, mas não lembro foi tudo tão distante, pedi p'ra me deixarem só e me deixaram vazia e agora já não sei mais oque fez parte e como farão novamente...Mas dizem por aí que logo o vazio acaba e sei também que vem logo ali uma nova distração para o abandono, este vazio pára e se torna algo novo ou renovado como preferir, mas a alma se acalenta em ser novo em olhos novos em olhar pra si, se acalenta min'alma.
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