Pássaros selvagens, nunca vou me esquecer que Rubem Alves fez esta associação entre letras e pássaros. Quando terminamos um livro, as letras ficam latentes em nossa mente, os pássaros selvagens saem a percorrer nosso corpo num vôo loucamente excitante, ficamos instigados a um assunto que antes desconhecido agora nos persegue, nos faz todo sentido, ficamos hipnotizados, um encantamento ao desconhecido tão familiar por passar alguns dias, meses ao nosso lado, Livros bons companheiros, Livros bons conselheiros, Livros bons pra solidão...faça sua terapia do livro a toda hora, quando faltam a nós boas companhias ao vivo, peguemos emprestadas nossos ricos e encantadores personagens, não faltam, não falam, não saem..só ficam.
Vez em quando alguém te apresenta letras novas, letras essas boas, bem escritas, bem contadas, mas devemos lembrar que o apresentado é quem fica com o mérito por nos encantar, não quem nos apresentou, por mais que o esforço tenha sido genuíno. Devemo-nos encantar por quem consegue nos prender diante de tais palavras escritas tão despretenciosamente para o deleite de nossos olhos. Alguns dos nossos escritores favoritos podem ousar nos decepcionar, talvez consigam e não voltemos a lê-los, outros sem sucesso ainda nos tem loucos pelos seus pássaros selvagens, esvoaçantes que brincam com nossos olhos, que são nossas belas distrações em dias de solidão...em dias de viagem...em dias de dormir...em dia de sol...em dia de chuva...em dia de ler...em dia de se distrair.
Permita seus sentidos, permita seus olhos, permita-se gostar, deixe as palavras entrarem e fazerem todo estrago de um vendaval.
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